Ser mãe…
Como é ser mãe de um filho que tem cancro?
Como nos sentimos?
Como encaramos?
O que pensamos?
Não é linear, na verdade ser mãe em qualquer circunstância não é linear, mas o mais difícil é ver o filho doente em sofrimento e sentir uma impotência aterradora.
É rezar muito para ele ficar bem e questionarmos Deus porque não é justo.
É ter vontade de trocar com ele e pedir para que isso aconteça como num passo de magia, mas abrir os olhos e tudo estar igual.
É pensar e martirizar-nos onde foi que erramos? Será que não o alimentei devidamente? Será que? Será é uma forma errada de nos questionarmos, porque na verdade não nos leva a lado nenhum! Gerar um filho é gerar a criatura mais fantástica do mundo. É percebermos o conceito de amor incondicional.
É constatar que tens o miúdo mais corajoso, persistente, forte, resiliente, lutador, paciente, alegre, herói que alguma vez pensamos ser possível existir.
Então transformamos toda a dor em gratidão e orgulho. Estamos cá para crescer juntos e toda esta aventura terá um propósito. Encontramos um propósito de vida juntos e um propósito de vida de cada um individualmente.
Ser mãe é Amar, cuidar, acompanhar, acreditar, ter fé, leveza, estar sempre presente para que juntos abracemos a vida e tudo o que ela nos dá.